A melhor coisa que me aconteceu foi ter que priorizar trabalhar ao invés de fazer faculdade.
Quando adolescente, nunca tive o sonho de passar em uma faculdade federal, mas sabia que queria muito atuar com Moda.
Por necessidade, fui trabalhar logo assim que saí da escola dando aulas particulares para crianças do ensino fundamental, aos 17.
Em paralelo, fui realizando aos poucos meu sonho de trabalhar com moda quando montei meu primeiro brechó, o Amó, junto com a minha mãe.
Em seguida, aos 18, entrei no Atendimento ao cliente e de lá não saí mais.
Tenho visto relatos de pessoas da minha idade, também da Geração Z que, por diversos motivos, priorizaram o estudo e agora têm dificuldades para ingressar no mercado de trabalho.
Muitas delas seguiram o caminho guiado pelos pais, pela sociedade e por sonho próprio de ter um diploma ou pelo conhecimento em si.
Não estou proferindo palavras contra instituições de ensino. Inclusive, sou estudante de Marketing e me formo nesse semestre.
O que eu quero dizer aqui é que todo o conhecimento e EXPERIÊNCIA que adquiri nesses 7 anos de carteira assinada não poderiam ter sido obtidos em uma sala de aula.
Ok, teorias, sim. Mas a prática é bem diferente.
Vejo isso hoje mesmo nas minhas matérias de Marketing, onde me deparo com diversos temas e termos apresentados que eu já conheço e pratico há bastante tempo, graças às minhas diferentes atuações.
E, pra quem consegue, é possível continuar estudando aquilo que você gosta ou precisa mesmo fora da faculdade.
Ter uma rotina de estudos é um pilar que não abro mão, sendo crucial para o meu desenvolvimento pessoal e profissional.
Claro que já cheguei a me comparar diversas vezes com amigos que podiam focar toda a sua energia pra fazer uma federal. Deve ser um sonho pra quem curte e consegue!
Mas, hoje agradeço por ter tido a necessidade e oportunidade de trabalhar desde cedo e de ser financeiramente independente.
Isso rendeu muitos frutos para a Clara que sou hoje.
Polêmica ou não, essa é a minha experiência.